Pular para o conteúdo principal

Cientistas já estão planejando a próxima missão para Plutão



O vazio deixado em nosso coração com o formato de Plutão ainda não foi preenchido pelo Planeta 9, por quantidades enormes de sorvete ou por qualquer outra coisa. Desde o verão de 2015, quando a New Horizons, da NASA, fez um estudo de sobrevoo de reconhecimento de seis meses de duração sobre Plutão e suas luas, fãs do planeta anão têm imaginando quando voltaríamos para lá (ou se voltaríamos). De acordo com o investigador principal da New Horizons, Alan Stern, ele e outros cientistas planetários já estão projetando o modelo para uma viagem de retorno — e, desta vez, seria muito mais que um sobrevoo.

“A notícia não é que temos um projeto de missão específico”, disse Stern ao Gizmodo. “A notícia é que a comunidade está formando o conceito de um retorno a Plutão com uma missão de órbita que permaneceria e estudaria o planeta por anos, fazendo isso de maneiras que não poderíamos ter feito em um simples sobrevoo como a New Horizons. Teria uma instrumentação muito mais avançada e a habilidade de mapear cada centímetro quadrado do planeta, desvendando toda a complexidade que encontrássemos.”



A New Horizons, que deixou a Terra em 19 de janeiro de 2006, conseguiu nos oferecer uma visão sem precedentes em alguns dos mundos misteriosos do Cinturão de Kuiper, incluindo Plutão, sua maior lua Charon e quatro “luas-bebês” — Nix, Hydra, Styx e Kerberos —, que são muito apropriadamente nomeadas em homenagem a deuses do submundo gregos. Descobrimos que Plutão é um lugar surpreendentemente dinâmico, com montanhas, abismos, uma atmosfera agitada e talvez até mesmo um enorme oceano subterrâneo. O melhor de tudo: descobrimos que esse mundo gelado tem um lado suave, com algumas das imagens inesquecíveis do planeta anão feitas pela New Horizons.

Ainda assim, muitos mistérios perduram. Plutão pode ter dunas sopradas pelo vento, característica que se pensava impossível antes do sobrevoo. Suas montanhas, feitas de água congelada, poderiam revelar muitos segredos sobre a atividade geológica no planeta anão hoje em dia. Com tanto ainda a se descobrir, a única maneira de conseguirmos respostas é voltando para lá. E, diferentemente do sobrevoo da New Horizons — que não passou tempo suficiente andando lentamente para sequer mapear ambos os hemisférios de Plutão em alta resolução, muito menos monitorar mudanças na superfície —, um satélite que permaneça no sistema de Plutão por vários anos conseguiria fazer ambas essas coisas.

“Voltar para Plutão está se tornando, na comunidade científica, uma preocupação crescente real em vez de apenas conversas soltas”, disse Stern. E, portanto, há alguns dias, ele e outros 34 cientistas se encontraram em Houston, no Texas, para começar a mapear como seria uma missão de órbita. Parte dessa nova equipe é composta por membros da New Horizons e profissionais experientes no campo, além de cientistas no início de suas carreiras.

“Você não a verá apresentada nos próximos meses, mas tenho certeza de que, até o ano que vem, você a verá em muitas lugares”, disse Stern sobre a futura missão. Ele acrescentou que, em outubro deste ano, ele e sua equipe planejam realizar uma oficina sobre seu o conceito de sua nova missão, durante o 49º encontro da Divisão de Ciências Planetárias.

“Ficamos tão surpresos com o nível de complexidade que encontramos”, disse Stern. “Se você tivesse me perguntado antes de chegarmos lá se eu achava que existisse qualquer chance real de voltarmos, eu teria dito ‘não exatamente’. E, ainda assim, aqui estamos, dois anos depois, pensando em todos os mistérios que não conseguimos resolver a menos que voltemos.”

Embora os planos ainda estejam embrionários, Stern e seu time esperam que possam montar seu conceito a tempo do próximo Planetary Science Decadal Survey, relatório enorme preparado para a NASA e para o Congresso pela comunidade científica planetária, que ajuda a determinar as prioridades da agência espacial para a exploração do sistema solar. O próximo Decadal Survey começará a ser compilado por volta de 2020, disse Stern.

Reunir apoio suficiente dentro da comunidade científica é essencial para convencer a agência espacial que tal viagem valeria a pena. A boa notícia para Stern e sua equipe é que o público já os apoia. Logo após ele tweetar a notícia sobre o potencial satélite, as menções de Stern pegaram fogo com mensagens desejando sorte.



“Centenas de pessoas estavam se envolvendo e torcendo”, disse. “É tipo a esperança mínima de voltar para Plutão… o interesso público é fantástico.”

Até outubro, Stern espera que a equipe envolvida com o conceito do satélite tenha crescido substancialmente, talvez com cem cientistas envolvidos. Ele acha que outra viagem para Plutão tem o potencial de aumentar o interesse público da mesma maneira que a viagem para Encélado e Europa aumentou. “Assim como os Mundos Aquáticos, vai pegar fogo”, encerrou.



Imagem do topo: NASA

FONTE: GIZMODO BRASIL

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s