Pular para o conteúdo principal

Cientistas conseguiram medir a “força forte” da antimatéria pela primeira vez na história



Por: Jennifer Ouellette
10 de novembro de 2015 às 18:34

A força nuclear forte une os pequenos pedaços de matéria para formar átomos, e assim permite que nosso mundo material exista. Agora físicos do Laboratório Nacional Brookhaven, nos EUA, conseguiram pela primeira vez medir uma força parecida para a antimatéria – a imagem espalhada da matéria normal que permanece sendo um dos nossos maiores mistérios cosmológicos.

Os experimentos foram conduzidos pela Star Collaboration no Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC, na sigla em inglês) em Brookhaven; os resultados foram divulgados na Nature. O RHIC recriou condições parecidas com aquelas do universo logo após o Big Bang ao acelerar átomos pesados (como ouro) a velocidades próximas à da luz, e então esmagou um nos outros. A bola de fogo resultante criou um plasma pegajoso de quarks e glúons – os blocos fundamentais de construção – bem como toneladas de partículas de matéria e antimatéria.

Essas partículas não ficam por aí muito tempo porque a matéria e a antimatéria são opostos polares: a antimatéria tem carga negativa para contra-atacar a carga positiva da matéria, e elas se transformam em energia quando entram em colisão. Devia haver a mesma quantidade de matéria e antimatéria no universo quando ele surgiu, mas, por alguma razão, a matéria ganhou um pouco de vantagem. E isso foi bom, já que de outra maneira o mundo material não existiria. Hoje em dia a matéria domina nosso universo, enquanto a antimatéria é extremamente rara.



Físicos adorariam estudar o que causou esse desequilíbrio. “É um grande mistério”, explicou o físico de Brookhaven Aihong Tang ao Gizmodo. “Tudo o que aprendermos sobre a natureza da antimatéria pode nos ajudar a solucionar esse enigma.”

Anteriormente, a Star Collaboration havia sido bem sucedida ao criar o maior núcleo de antimatéria da história: dois antiprótons e dois antinêutrons se juntaram para criar uma antipartícula alfa. Essa era uma clara evidência de que algo parecido com a força forte era aplicada à antimatéria.

Mas Tang e seus colegas físicos queriam ver essa força mais de perto. Eles realizaram milhões de colisões entre partículas de ouro para encontrar as que produziam pares de antiprótons suficientemente próximos para interagirem entre si. Eles usaram as análises estatísticas para determinar a força entre esses pares, assim como a distância na qual ela age.

E no fim das contas a força forte da antimatéria que criou aqueles núcleos de antimatéria parece muito com as forças fortes que juntam a matéria. A matéria e antimatéria ainda parecem ser perfeitamente simétricas. Então talvez não seja a força forte da antimatéria a culpada pelo desequilíbrio entre matéria e antimatéria nos primeiros momentos do nosso universo.

Essa é uma pequena contribuição para tentar solucionar a questão da matéria-antimatéria e vai ajudar na condução não só de testes mais precisos, mas também abordagens do problema a partir de novos ângulos. “Não esperávamos solucionar tudo”, disse Tang ao Gizmodo. Mas eles aprenderam algo valioso sobre a força forte da antimatéria. E, um dia, todo esse conhecimento acumulado deve finalmente chegar a uma conclusão sobre o caso.

FONTE: NATURE VIA GIZMODO BRASIL

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s