Pular para o conteúdo principal

Astrônomos localizam 11 raras galáxias ‘fugitivas’


Ilustração do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica mostra como a chegada de uma terceira galáxia a um sistema composto por uma galáxia elíptica gigante e uma pequena gláxia elíptica compacta em sua órbita pode lançar a galáxia menor em grande velocidade para foram do aglomerado rumo ao isolamento - Nasa/ESA/CfA

Objetos foram encontrados isolados de aglomerados e teriam sido 'ejetadas' de seus sistemas durante processos de fusão

Astrônomos anunciaram esta semana terem localizado 11 novos exemplos de raras galáxias “fugitivas”, objetos do tipo viajando pelo espaço a velocidades tão grandes que acabaram por se isolar dos aglomerados onde normalmente se reúnem. Assim como a grande maioria dos planetas e estrelas, as galáxias também estão “presas” a outras por garras gravitacionais, formando gigantescos superaglomerados que estão entre as maiores estruturas conhecidas no Universo. Mas, como todos estes objetos celestes, elas podem passar por processos que as aceleraram o suficiente para “escapar” da atração exercida pelo seu grupo, partindo para vagar sozinhas pelo enorme vazio do espaço intergaláctico.

- Estas galáxias encaram um futuro solitário, exiladas dos aglomerados onde costumavam viver – resume Igor Chilingarian, astrônomo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos EUA, e da Universidade Estatal de Moscou, na Rússia, e principal autor de artigo sobre a descoberta, publicado na edição desta semana da revista “Science”.

Até hoje, os astrônomos já identificaram mais de 20 estrelas “fugitivas” só na Via Láctea. Viajando a mais de 1,8 milhão km/h, elas estão além da chamada, não por acaso, velocidade de escape de nossa galáxia. Para uma galáxia fugir de seu aglomerado, no entanto, esta velocidade tem que ser muito superior, próxima de 11 milhões de km/h. Assim, para encontrar suas galáxias “fugitivas”, Chilingarian e seu colega Ivan Zolotukhin, também da Universidade Estatal de Moscou, primeiro buscaram identificar integrantes de uma nova classe de galáxias, chamadas elípticas compactas, que em tese poderiam sofrer este tipo de aceleração.

As galáxias elípticas compactas são relativamente pequenas bolhas de estrelas com algumas centenas de anos-luz de diâmetro, maiores que aglomerados estelares, mas bem menores que galáxias como a Via Láctea, que tem cerca de 100 mil anos-luz de extensão, e com mil vezes menos massa do que nossa galáxia. Até o levantamento feito por Chilingarian e Zolotukhin, os astrônomos conheciam apenas cerca de 30 exemplos destas galáxias elípticas compactas, todas ainda residindo dentro de aglomerados. A busca dos dois nos arquivos do projeto Levantamento Digital do Céu Sloan (SDSS, na sigla em inglês) e do observatório espacial Galex, da Agência Espacial Europeia (ESA), no entanto, revelou quase 200 delas, das quais as 11 “fugitivas” estavam longe de qualquer outra galáxia ou aglomerado.

- As primeiras galáxias elípticas compactas foram encontradas em aglomerados porque era ali que as pessoas estavam procurando por elas – conta Chilingarian. - Mas nós ampliamos nossa busca e encontramos o inesperado.

Segundo os astrônomos, a descoberta destas pequenas galáxias isoladas foi inesperada porque, em teoria, elas se originariam de galáxias maiores que foram “roubadas” da maior parte de suas estrelas durante interação com outras galáxias ainda mais maciças. Desta forma, as elípticas compactas deveriam estar sempre junto de grandes galáxias, mas foi justamente seu isolamento e a grande alta velocidade de seu deslocamento que deram aos dois pesquisadores a ideia para uma possível explicação de sua solidão.

De acordo com as atuais teorias, uma estrela “fugitiva”, ou hiperveloz, pode ter sido acelerada quando um sistema estelar binário, isto é, formado por duas estrelas orbitando um centro de gravidade comum, se aproxima perigosamente do buraco negro gigante no centro da Via Láctea. Neste processo, uma das estrelas é capturada pelo buraco negro, o que faz com que a outra, livre da companheira, seja lançada em alta velocidade pelo espaço. De forma similar, uma galáxia elíptica compacta estaria orbitando uma galáxia maior quando uma terceira se junta ao grupo, numa dança gravitacional cósmica em que a pequena galáxia também é “ejetada” do sistema em alta velocidade, enquanto a “invasora” acaba devorada pela grande galáxia original.

A descoberta das 11 raras galáxias “fugitivas” também é um exemplo do sucesso do Observatório Virtual, um projeto que reúne e disponibiliza os dados de grandes levantamentos astronômicos para pesquisadores. Com isso, eles podem “minerar” estes dados em busca de achados que não faziam parte dos objetivos originais dos levantamentos.

- Reconhecemos que poderíamos usar o poder destes arquivos para potencialmente revelar algo interessante e tivemos sucesso - comemora Chilingarian.

FONTE: O GLOBO

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s