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Um breve histórico dos cientistas que tentaram caçar viajantes do tempo



Viajar no tempo é possível; é o que dizem vários físicos bastante sérios. Provavelmente não é possível fazer isso em um Delorean, mas há diversas teorias inspiradas por Einstein – como buracos de minhoca e cilindros de Tipler – de como isso poderia funcionar. O que levanta a questão: onde estão os visitantes de outras épocas?

Parece uma pergunta boba, mas é algo que muitos cientistas realmente levam a sério. Encontrar alguém do futuro serviria, claro, como prova definitiva de que podemos realmente viajar através do tempo, e seria uma forma bastante simples de resolver um grande enigma científico. Então não é nenhuma surpresa que alguns entusiastas e especialistas criaram experimentos a fim de atrair viajantes do tempo que poderiam estar se escondendo entre nós.

Um deles é Stephen Hawking. O renomado físico acredita mesmo que a viagem no tempo é uma possibilidade científica, e ainda diz que sabe como construir uma máquina do tempo. Ele também jogou a questão: “se é possível viajar no tempo, onde estão os turistas do futuro?” É uma boa pergunta, e é assim que estamos tentamos respondê-la.

Por que achamos que é possível viajar no tempo
Viajar no tempo é um sonho que vem durando ao longo dos séculos. Mas, no século passado, cientistas criaram uma teoria sugerindo que era de fato plausível dar um salto para o futuro. Voltar no tempo, infelizmente, é muito mais complicado.

Buracos de minhoca são uma ponte através do espaço-tempo, um atalho que liga dois pontos em lugares e momentos diferentes. Eles são previstos pela teoria da relatividade geral de Einstein. Teoriza-se que certos buracos de minhoca poderiam permitir a viagem no tempo em qualquer direção, mas há diversas ressalvas quanto a voltar no tempo. A principal é esta: nós precisamos de um método para criar buracos de minhoca, e quando ele for criado, ele só nos permitirá viajar de volta até o momento em que ele foi criado.



Outra opção para viajar no tempo envolve um fenômeno chamado dilatação do tempo, também com base nas teorias da relatividade de Einstein. Isso remete à ideia de que o tempo passa mais lentamente para um relógio em movimento do que para um relógio parado. A força da gravidade também afeta a passagem do tempo. Naves espaciais lidam com esse efeito há muitos anos: é por isso que os relógios da Estação Espacial Internacional se movem um pouco mais lentamente do que os relógios na Terra.

Se você levar isso ao extremo, voando em uma nave espacial super-rápida, o tempo passaria mais rapidamente para as pessoas na Terra. Você poderia fazer uma volta ao redor da galáxia e, ao voltar, você estaria no futuro. A questão é: até onde podemos ir? E assim também é possível voltar no tempo?

Mais uma vez, nós realmente não sabemos. E só vamos saber como isso funciona até testarmos; mas, no momento, não temos os meios para fazer isso. Uma maneira fácil de descobrir é simplesmente procurar por viajantes do tempo entre nós. Nem precisa de laboratório! E isso é exatamente o que vários cientistas malucos fizeram.

Fazendo uma festa
Uma das primeiras tentativas bem divulgadas em encontrar viajantes do tempo não era científica. (Em breve voltaremos aos métodos científicos reais.) Foi o que aconteceu no início dos anos 80, quando computadores e eletrônicos de consumo começaram a fundir ciência e ficção científica de maneiras fascinantes. Foi também quando decolou o Columbia, primeiro ônibus espacial. Tudo isso deixou as pessoas curiosas.

Em 1982, um grupo de artistas em Baltimore (EUA) resolveu fazer um evento que o New York Times descreveu como “uma epidemia de loucura temporária”. Em março daquele ano, todos os nove planetas estavam muito próximos – mais que nos 200 anos anteriores – e o grupo Krononauts se reuniu para acolher “os visitantes do futuro”. Do NYT: “os Krononauts beberam, dançaram e, depois da meia noite, alguns deles tiraram a roupa”. Nenhum viajante do tempo apareceu, mas parece que todo mundo se divertiu.

Trinta anos depois, aconteceu um evento levemente similar em Cambridge, Inglaterra. Desta vez, o líder não era um jovem de vinte e poucos anos – era o próprio Stephen Hawking.

A festa de Hawking foi maravilhosamente séria. Havia champanhe e petiscos em um salão chique na Universidade de Cambridge, onde foi pendurado um banner: “Bem-vindos, viajantes do tempo”. Hawking sempre sugeriu que turistas do tempo poderiam provar que a viagem no tempo era possível, por isso ele os convidou. Ninguém apareceu.

É difícil dizer se a festa de Hawking era algo realmente sério. Por um lado, Hawking acredita que a viagem no tempo é possível, então ele não estava necessariamente rindo da ideia. Mas, nas palavras de Hawking: “há uma reviravolta”. O cientista sorrateiramente só divulgou a festa depois que ela aconteceu. Alguém no futuro teria que descobrir o evento e entrar em uma máquina do tempo para conversar com o famoso físico.

Ainda assim, há uma boa chance de que Hawking só estava tentando provar um ponto. Kip Thorne, amigo dele, explica no livro Buracos Negros e Túneis do Tempo que um dos métodos mais viáveis ​​para arquitetar uma máquina do tempo envolve criar e manipular buracos de minhoca. Mas isso só permitiria às pessoas do futuro viajar até o ponto em que a própria máquina foi inventada. Ou seja, se ela ainda não foi criada, seria impossível para as pessoas do futuro voltar até a festa de Hawking.

Convenções
Alguns anos antes da festa de Hawking, um ambicioso pós-graduando do MIT tentou outra abordagem. Em vez de manter o evento em segredo, Amal Dorai organizou uma convenção geral sobre viagem no tempo e incentivou todos a se espalhar pelo mundo. Ele escreveu em seu site:

Precisamos de voluntários para publicar os detalhes da convenção em formas duradouras, para que os viajantes do futuro estejam cientes da convenção daqui a milênios. Esta convenção não pode nunca ser esquecida! Precisamos de publicidade em GRANDES veículos da mídia, não apenas em notícias da internet: pode ser New York Times, Washington Post, livros, esse tipo de coisa. Se você tiver boas conexões, use-as, por favor.

Sonhos se tornam realidade. O New York Times publicou a notícia. A grande emissora de rádio americana NPR também cobriu o evento. A Wired escreveu uma reportagem. Até fizeram piada sobre a convenção no Saturday Night Live.

Expor o evento faz muito sentido. A MIT é uma universidade famosa que tende a atrair a atenção da mídia, e a programação envolvia famosos professores falando sobre viagem no tempo. E a própria premissa é curiosa o bastante para merecer atenção.

Mesmo assim, ela não funcionou. “A convenção foi um sucesso misto”, disse Dorai no site do evento. “Infelizmente, não tivemos viajantes do tempo confirmados nos visitando, mas muitos podem ter ido sem se revelar, para evitarem ​​perguntas infindáveis sobre o futuro.” Um evento semelhante ocorreu na mesma época em Perth, Austrália, mas também decepcionou.

Talvez Dorai tenha subestimado o poder da internet. A convenção ocorreu em 2005, quando ele disse: “é improvável que a World Wide Web permaneça em sua forma atual permanentemente”. Ele ainda está funcionando em 2014.

No entanto, provavelmente há uma explicação mais simples. É a mesma que os físicos do MIT, e a mesma que Hawking sugeriu: se descobrirmos como construir uma máquina do tempo, só será possível voltar ao tempo até quando essa máquina foi construída.

A abordagem acadêmica
Este ano, dois físicos publicaram os resultados de um estudo com um título bastante autoexplicativo, “Pesquisando na internet por evidências de viajantes do tempo“. Em vez de organizar algum tipo de evento e atrair publicidade contando com as pessoas do futuro, estes cientistas buscaram pistas de que viajantes do tempo estiveram online. Em certo sentido, eles estavam em busca de pegadas digitais.

Robert Nemiroff e Teresa Wilson, da Universidade Tecnológica de Michigan (EUA), fizeram suas buscas no Twitter, no Facebook, no Google, Google+ e Bing. Mas eles não conseguiram achar nada. Entre janeiro de 2006 e setembro de 2013, não foi possível encontrar uma única menção de dois termos do futuro que as pessoas não teriam conhecido durante esse tempo. Nenhum.

Foi um bom esforço. No entanto, dadas as limitações do experimento, eles acabaram procurando um tipo muito específico de viajante do tempo. Por que essa pessoa colocaria palavras do futuro na internet? “Viajantes do tempo podem ter tentado recolher informações históricas que não sobreviveram no futuro, ou procuraram um termo do futuro por acharem erroneamente que esse evento já tinha ocorrido, ou procuraram para ver se determinado evento ainda iria ocorrer”, o documento explica.

A difícil caçada
Todas as tentativas são meio bobas, se olharmos bem: fazer uma festa sem convidar ninguém, ou fazer uma convenção para celebrar uma tecnologia que ainda não existia.

Dito isto, parece haver uma conclusão bastante concreta, enraizada em algumas ideias amplamente aceitas da física teórica: ainda não inventamos uma máquina do tempo. Se e quando isso acontecer, vamos entrar em uma nova era de viagens no tempo. No entanto, nós não poderemos voltar no tempo antes de quando a máquina foi construída.

Isso tudo assume que esta máquina do tempo hipotética pode realmente voltar no tempo. Mais uma vez, isso é muito difícil.

A viagem no tempo é algo real, apesar de tudo. De certa forma, os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional fazem isso todo dia, ainda que por alguns microssegundos. Os princípios da relatividade e da própria natureza do espaço-tempo tornam isso possível.






Conheça os dois homens que estão construindo máquinas do tempo a sério



Todo mundo quer voltar no tempo para ver eventos históricos, ou avançar no futuro para vivê-lo agora mesmo. Faz parte da natureza humana pensar sobre o amanhã e relembrar o passado. Não dá para evitar. DeLoreans e banheiras de hidromassagem nos ajudaram a imaginar a viagem no tempo, mas a maioria de nós está conformada com o fato de que isso não vai acontecer. Bem, algumas pessoas ainda não desistiram.

Neste trailer de Como construir uma máquina do tempo, um documentário de Jay Cheel, encontramos dois homens para os quais a viagem no tempo é um projeto sério. Um deles passou anos de sua vida recriando uma máquina do tempo feita para o cinema, até ela se tornar praticamente real; o outro vem dedicando sua carreira na física para descobrir como voltar no tempo para salvar seu pai.

Quando Rob Niosi decidiu construir uma réplica em escala real de uma máquina do tempo, do primeiro filme baseado no livro de H. G. Wells… ele não tinha ideia do que estava se metendo. O projeto de três meses está agora em seu décimo primeiro ano, e ele não tem certeza se um dia vai terminá-lo. Sua atitude perfeccionista e natureza obsessiva – cultivada por anos de trabalho detalhista e demorado como animador de stop-motion – elevou sua máquina de uma réplica a uma verdadeira obra de arte. Seu objetivo? Capturar a impressão que ele tinha quando era criança, e quando colocou os olhos na bela máquina pela primeira vez.

Quando Ronald Mallett era menino, o pai dele morreu inesperadamente de um ataque cardíaco. Este evento virou o mundo dele de cabeça para baixo. Ele ficou no ostracismo de seus amigos e família e encontrou consolo na ficção científica. Foi o livro A Máquina do Tempo, de H. G. Wells, que inspirou Ron a seguir uma carreira em física. Seu objetivo? Construir uma máquina do tempo para que ele possa voltar e salvar seu pai.

O romance A Máquina do Tempo (1895) conta a história de um cientista inglês: ele diz que o tempo é apenas uma quarta dimensão e, com base na matemática, cria um dispositivo que se move por ela. O “viajante do tempo” vai até o ano de 802.701, quando encontra duas espécies diferentes de humanos. A história foi adaptada duas vezes para o cinema; o livro está disponível gratuitamente aqui (em inglês).

Jay Cheel trabalha no documentário desde pelo menos 2012; o filme ainda não tem data para ser lançado.



FONTE: http://gizmodo.uol.com.br/

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